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Estive pensando...
Darcey Bussell - primeira bailarina do Royal Ballet e suas duas filhas |
Os registros que temos na literatura sobre a vida da mulher na sua grande maioria foi escrito por homens e estes podem ter colocado apenas suas interpretações e até mesmo seus desejos sendo assim temos a imagem da imagem que os homens tinham das mulheres. Não podemos tirar conclusões apenas com a visão masculina da vida das mulheres durante a história.
Porém o que temos para trabalhar são textos feitos a partir do ponto de vista do homem.
A mulher na Idade Média:
A mulher era vista como submissa pois era temida. Considerava-se que a mulher era o pecado, a carne fraca.
O casamento não tinha nunca o objetivo de unir pessoas que se amam, ou o objetivo de dar prazer a alguma das partes, e sim o objetivo da procriação.
A mulher quando se casava simplesmente trocava de homem ao qual tinha que se submeter (de pai para agora marido).
A prostituição era considerada um “mal necessário”, pois curava vontades de jovens e clérigos, mas ainda assim as prostitutas eram marginalizadas da sociedade.
As doutrinas diferentes à religião católica pregavam que a mulher poderia ter os mesmos direitos que os homens, por isso eram calorosamente perseguidas pela Igreja.
À mulher cabia as responsabilidades domésticas, exceto no caso de camponeses e classes mais baixas, que deveriam acompanhar seu marido no trabalho feudal.
Idade Moderna:
A Idade Moderna foi um período bastante crítico para todas as mulheres ocidentais em geral, independente de classe social elas foram reprimidas em sua sexualidade, sua liberdade de expressão, sua cultura secular e seu saber acumulado por essa mesma cultura. Num sistema político e econômico patriarcal, em que o homem possui a função central e a mulher relegada ás tarefas caseiras e familiares. Para Foucault, é durante a criação do projeto de modernidade que a mulher assume o papel de mantenedora dos costumes e vigilante do processo de retidão dos filhos sendo, portanto, a peça chave na instauração do sistema panóptico de sociedade.
Em meio a movimentos liberais que ocorrem por toda a Europa durante a idade moderna a mulher emancipa-se, desvincula-se das funções caseiras e toma espaços no mercado, na divisão social do trabalho que antes eram exclusivamente masculinos, sobretudo funções de liderança. Se algum tempo atrás apenas mulheres pobres trabalhavam fora (geralmente em tarefas domésticas), o capitalismo e o processo civilizatório trouxeram a todas mulheres a necessidade do trabalho, da auto-suficiência econômica.
É também nessa época que a preocupação com o corpo, com a etiqueta doméstica, com os costumes cotidianos se tornam símbolos de diferenciação social, o que empurra as mulheres para a condição de meros reflexos do ideal masculino de beleza, não importando o quão sacrificante seja atingi-lo.
Bom daí pra frente vocês já sabem como ficou a história né?
As mulheres continuaram lutando pela igualdade, e somando atividades para tentar mostrar ao mundo que são fortes, inteligentes e capazes.
Ninguém duvida disso, mas a realidade é que esta igualdade é uma utopia.
A mulher conquistou o direito de trabalhar fora, mas a casa continua sendo sua responsabilidade. Quando se tem alguém para repassar a responsabilidade dos deveres domésticos, quando se é mãe tem a responsabilidade da maternidade.
Uma grande empresária que deixa em segundo plano a família é duramente repreendida pela sociedade - o filme “O Diabo Veste Prada” lustra bem esse fato. No filme tem uma fala da atriz principal que deixa bem claro isso que estou tentando explicar:
- Se Miranda fosse homem ninguém escreveria nada sobre ela.
A fala refere-se ao terceiro divórcio da empresaria e ao fato das filhas delas sempre terem um novo “pai”. Se ela fosse um homem isso não teria tanta importância.
Bom pelo menos atualmente a mulher pode decidir ser ou não mãe!
Mas é neste fato que ainda se encontra o grande abismo entre a mulher e o homem... A mãe aconchega desde o primeiro momento, alimenta e quanto a isso não tem o que discutir. O homem participa de fora da situação, não que sua participação não seja importante, mas a participação da mãe é imprescindível!!! É uma responsabilidade que não tem como ser dividida.
E ai como fica o nosso plano de igualdade?
Acredito que não deva realmente ter igualdade. Não estou defendendo as desigualdades, mas as mulheres não podem esquecer que são seres diferentes dos homens, mais sensíveis, com inteligência emocional muitas vezes superior a de muitos homens, e outras capacidades desenvolvidas através das necessidades impostas por uma sociedade machista.
Falando como mulher agora:
Somos muito superiores em muitos aspectos, porém temos que reconhecer que em outros fica difícil competir (como em força física, por exemplo). Conciliar carreira, amor, filhos não é tarefa fácil, não... Os homens que me desculpem, mas vocês não entenderiam isso nem com mil séculos de estudo!
Para quem quiser continuar a ler sobre o assunto esse texto é muito bom:
Continua...